
Em 15 de maio deste ano completaram-se 77 anos desde que o povo palestiniano passou a viver sob o jugo colonial sionista. Desde a Nakba (termo árabe para “catástrofe”) de 1948, cerca de 750 mil palestinianos foram expulsos das suas terras por milícias armadas apoiadas pelo imperialismo que fundaram, sob o intento de eliminação de todo um povo, o Estado sionista de Israel.
Não houve, na história recente, limpeza étnica comparável: em apenas 70 massacres foram exterminados pelo menos 15 mil palestinianos, segundo a Frente Árabe Palestina do Brasil (FEPAL). Desde então, a opressão sionista é diária: Israel mantem um cerco medieval à Faixa de Gaza e à Cisjordânia há décadas, expande colonatos, constrói muros ilegais, prende e tortura idosos, mulheres e crianças, tudo sob a cumplicidade e auxílio direto das várias potências imperialistas, principalmente a ianque (EUA).
O espírito do povo palestiniano, diante disto, segue inquebrável. A luta palestiniana não é uma reação irracional, mas o direito legítimo de resistir à ocupação, de avançar rumo à recuperação de sua terra histórica e aniquilar o sionismo. Há décadas que o povo palestiniano luta incansavelmente pela sua autodeterminação e pelo seu legítimo direito a um Estado único, independente e viável.
Hoje, a Resistência Nacional Palestiniana, dirigida pelo Hamas em aliança com a Frente Popular de Libertação Palestina (FPLP), a Frente Democrática de Libertação Palestina (FDLP) e outros grupos populares, mostra que os batalhões que defendem a libertação da pátria permanecem vivos e unidos contra a ocupação, com as massas oprimidas pegando em armas em defesa da liberdade de seu povo, dirigindo luta armada contra o sionismo, lacaio do imperialismo, principalmente ianque, no Médio Oriente, aplicando a máxima do Presidente Mao Tsé-Tung de que “o poder político emana do cano do fuzil”.
O povo palestiniano converge na defesa da libertação nacional por meio da luta armada e da violência revolucionária aplicada contra a entidade sionista e os traidores da pátria, nomeadamente os latifundiários e a grande burguesia, entreguistas encovados como vermes na chamada “Autoridade Palestiniana”, que capitularam frente ao imperialismo e ao sionismo.
Em declarações conjuntas, os setores da resistência palestiniana reafirmam que Gaza é parte integral da Palestina e não aceita “sonho” de controlo estrangeiro algum. Foi dito com firmeza: “Gaza não é uma commodity nas mãos de um mercador da guerra… Qualquer sonho de controlar Gaza é mera ilusão, que se quebrará contra a rocha da prontidão e resistência do nosso povo”. Esta união de ação prova que a resistência palestiniana prossegue resistente e criadora, esmagando os planos coloniais mesmo diante de guerra.
Enfrentando a máquina de guerra israelita, eles obtiveram, aplicando a justa luta armada como mando e guia da libertação nacional, diversos avanços políticos e militares. Entre 2024 e 2025, massas populares em todo o mundo dirigiram protestos e campanhas pró-Palestina cada vez mais combativos dos EUA ao Brasil, de Portugal ao Vietnã, estremecendo o imperialismo e seus lacaios locais desde os seus portões.
Movimentos populares em todo o planeta apoiam sua justa luta, protestando nas ruas e empunhando a bandeira vermelha-verde-branca-preta da Palestina ao lado das bandeiras proletárias. A Liga Anti-Imperialista (LAI) vem vanguardeando a defesa intransigente da luta anti-imperialista em todo o mundo, engrossando estas fileiras cada vez mais. Camponeses, operários, estudantes e intelectuais portugueses viram na resistência palestiniana não apenas uma causa de outro povo, mas a sua própria, mesmo com os acossamentos do velho Estado português, este que sequer reconhece a existência do Estado Palestiniano.
A Palestina livre simboliza a esperança dos oprimidos, a convicção de que a rebelião levada a cabo por meio da luta armada dá ao povo o direito de resistir, de avançar. O direito dos palestinianos à autodeterminação é legítimo e irrevogável. É preciso engrossar as fileiras do apoio total à Resistência Nacional Palestiniana.
Naqueles 77 anos – e especialmente desde o inolvidável 7 de Outubro – o povo palestiniano mostrou ao mundo sua coragem. A sua rebelião se justifica; a sua iminente vitória será o triunfo de todos quantos lutam pela liberdade. Os operários, camponeses, estudantes, intelectuais, toda gente revolucionária e progressista clama, protestando combativamente em todos os cantos do mundo, pelo triunfo da Resistência Nacional do povo palestiniano, defendendo a sua justa guerra de libertação nacional e, de forma cada vez mais organizada, consequente e dirigida, tomando o que há de mais avançado nesta, trazendo-a para casa. Em Portugal, cabe aos revolucionários e progressistas fazer o mesmo.