
Estamos hoje a presenciar uma formidável elevação da luta de classes e dos povos em todo o mundo, desde os países imperialistas até aos países coloniais, semicoloniais e semifeudais.
Na Ásia e em África, as massas populares e operárias prosseguem com uma poderosa resistência, particularmente em países como a Índia, as Filipinas e a Turquia, onde se desenvolvem vigorosas guerras populares, avançando contra a espoliação imperialista e os seus serventuários regionais. Na América Latina, com destaque para o Brasil e para a importantíssima guerra popular no Peru, o seu povo trabalhador desencadeia combates cada vez mais encarniçados, no campo e na cidade, contra o imperialismo e os seus lacaios locais — nomeadamente a grande burguesia e o latifúndio — que tentam, em vão, afogar em sangue a revolta das massas, transformando a região num verdadeiro barril de pólvora, cada vez mais próximo de uma explosão revolucionária. A Resistência Nacional Palestina, heroico farol das lutas de libertação nacional, aplica golpes cada vez mais profundos no sionismo e no seu amo imperialista ianque.
Na Europa e nos Estados Unidos, fortalece-se um vigoroso campo anti-imperialista, que mobiliza, politiza e organiza milhares de pessoas das massas populares contra os ataques aos povos de todos os continentes — inclusive nos seus próprios países — praticados pelo capital industrial-financeiro e pelos seus governos em geral. Em países como a Alemanha, França, Noruega, Espanha e outros, os operários mais avançados, que impulsionam e politizam esses enfrentamentos, organizam-se cada vez mais nas suas lutas, erguendo e paulatinamente cumprindo a necessidade da reconstituição de Partidos Comunistas, sob a égide da ideologia científica do proletariado internacional, para tomar o poder para esta classe em todo o país.
Em Portugal, esta realidade também se impõe de forma clara. Das ilhas a Viana, despontam greves, manifestações, ocupações e muitas outras acções de operários, estudantes, mulheres do povo, pequenos comerciantes e outros sectores organizados do povo — não só contra a diluição dos direitos democráticos, atacados diariamente pela classe dominante local e pelos seus partidos reunidos na Assembleia da República, mas também pela elevação das lutas reivindicativas em lutas políticas, pelo poder político.
É com o objectivo de elevar a consciência política e a capacidade das massas para se mobilizarem, se politizarem e se organizarem — agitando e propagandeando esta progressão da luta de classes em Portugal e no mundo — que surge a Revista Nova Aurora. Acreditamos que uma publicação só possui verdadeiro valor se representar o que há de mais profundo e autêntico nas massas operárias e populares, e se for gerada a partir delas, numa ligação visceral com estas, sem qualquer intenção lucrativa, mesquinha ou individual.
O nosso objectivo não é dar primazia a furos noticiosos, mas sim divulgar notícias que destruam as ilusões da classe dominante e sirvam ao desenvolvimento da Revolução Proletária Mundial. Estamos abertos a contribuições de todos os tipos, mas reservamo-nos o direito de partilhar apenas aquilo que for coerente com os nossos princípios. Todos os leitores são mais do que bem-vindos a contactar-nos, caso queiram contribuir para a produção da Revista, bem como para se juntarem ao trabalho revolucionário em Portugal.
Saudações!