
Na tarde de 25 de Abril, no meio das comemorações anuais em memória dos Grandes Levantes Populares de 1974, brigadistas da revista Nova Aurora distribuíram, desde a praça Marquês de Pombal até os Restauradores em Lisboa, cerca de 200 panfletos saudando a memória do evento e lançando um apelo contra o imperialismo, a reação e o revisionismo, denunciando a farsa eleitoral.
Esta ação marca o primeiro acto público oficial da Revista Nova Aurora, sendo a primeira numa intensa campanha no âmbito do boicote à farsa eleitoral burguesa.
Os brigadistas foram muito bem recebidos, entregando todos os panfletos com facilidade e tendo de, ao longo do acto, responder a perguntas dos manifestantes. Os ativistas receberam perguntas entusiasmadas sobre a posição da revista bem como a razão e data de sua criação, e por vezes até mesmo sendo procurados pelos manifestantes que queriam uma cópia do panfleto. Sempre ao ouvirem que se tratava de uma revista anti-fascista e anti-imperialista, a grande maioria dos manifestantes mostrou grande entusiasmo, incluindo uma porção de imigrantes norte-americanos presentes no evento, que afirmaram que utilizarão a revista para treinar seu português.
Isto mostra como as massas, e especialmente a juventude que de forma grandiosa fez ecoar as ruas com os seus gritos de revolta nas manifestações do 25 de Abril por todo o país, mais do que nunca se interessam pela sua própria emancipação, bem como pela emancipação de todo o proletariado e humanidade, saudando a longa campanha empreendida em defesa do boicote contra os partidos reacionários/oportunistas e as instituições burguesas.