
Chegam-nos notícias de que, desde o dia 25 de abril de 2025, o velho Estado indiano mobilizou entre 4.000 e 20.000 forças armadas reacionárias — maioritariamente paramilitares e, segundo tudo indica, reforçadas por unidades do exército — para lançar uma vasta operação de cerco e aniquilação contra a luta revolucionária nas colinas de Karegutta, na fronteira entre Chatisgar e Telanganá. Até o momento, os combates com os revolucionários maoistas seguem intensos.
Desde 2024 que o Partido Comunista da Índia (Maoista) afirmou, de forma clara e firme, a sua disposição para negociar a paz com base em condições justas: cessação da operação contrarrevolucionária “Kagaar”, paralisação da construção de novos acampamentos militares, declaração de cessar-fogo mútuo e suspensão das patrulhas armadas fora dos acampamentos inimigos. Todavia, mais uma vez, o velho Estado demonstrou o seu verdadeiro carácter de máquina de repressão e opressão, lançando a sua fúria contra os trabalhadores, camponeses e povos indígenas, numa tentativa desesperada de esmagar a resistência revolucionária e até mesmo a resistência democrática.
O PCI (Maoista) condenou energicamente esta nova agressão genocida — que, conforme relata a própria imprensa burguesa, inclui o bloqueio total do fornecimento de alimentos, água e medicamentos à área cercada — e reafirmou o seu compromisso de defender resolutamente o povo oprimido. Apesar de terem orientado as suas forças para suspenderem temporariamente as ofensivas armadas, os revolucionários maoistas responderam de forma enérgica e justa à ofensiva inimiga.
As condições no campo de batalha são extremas: temperaturas superiores a 40 graus Celsius assolam as densas florestas das colinas, onde os desníveis chegam a 50 metros. Ainda no início do ano, os maoistas alertaram a população para o perigo na zona, depois de prepararem armadilhas e explosivos improvisados (IEDs) para a defesa. Agora, a própria imprensa burguesa confirma que os revolucionários transformaram a região numa verdadeira fortaleza, com túneis, bunkers e vastos suprimentos de guerra. Estima-se que entre 500 e 1.000 combatentes revolucionários estejam mobilizados para resistir e contra-atacar o inimigo, tendo os quadros de liderança sido evacuados com sucesso.
Relatos indicam que dezenas de combatentes maoistas tombaram como mártires, resistindo heroicamente à violenta investida inimiga. No dia 26, mais de 40 elementos das forças reacionárias deram entrada em hospitais, alegadamente vítimas de desidratação, e hoje surgem novas notícias de baixas graves provocadas por ataques com IEDs. A guerra popular avança, e a frente mediática também se assume como uma linha de combate decisiva.
O Partido Comunista da Índia (Maoista) – PCI (M) – apela a todos os amigos, apoiantes e simpatizantes da Revolução Indiana, a todos os militantes do movimento operário, camponês, estudantil, e a todas as forças democráticas e progressistas: divulguem estas notícias, assumam posição firme ao lado dos revolucionários, condenem a agressão contrarrevolucionária do velho Estado e reforcem o apoio à guerra popular. Nenhuma ofensiva inimiga — por maior que seja — conseguirá travar a rebelião dos trabalhadores, camponeses, estudantes e povos indígenas, nem a marcha imparável rumo a Nova Democracia ininterrupta ao Socialismo.