
Às últimas semanas, revolucionários, anti-imperialistas e toda gente progressista em todo o mundo, incluindo Portugal, realizaram ações e emitiram declarações acerca do assassínio, por parte do velho Estado indiano, de Nambala Keshava Rao e outras 26 pessoas o último dia 21 de Maio. Estes ocorridos ocorrem no contexto da “Operação Kagaar”, lançada pelo velho Estado indiano contra as massas populares em luta no país.
Nambala Keshava Rao, conhecido como Basavaraj, era desde 2018 o Secretário-Geral do Partido Comunista da Índia (Maoista), que dirige a Guerra Popular na Índia desde a sua fundação em 2004, quando da união entre o PC da Índia (Marxista-Leninista) [Guerra Popular] e o Centro Comunista Maoísta da Índia. Os outros 26 assassinados eram combatentes do Exército Guerrilheiro Popular de Libertação (EGPL), exército popular sob direção do Partido.

Portugal
A 10 de Junho, o Partido Comunista de Portugal (Fração Vermelha) emitiu uma declaração acerca do ocorrido, a qual foi publicada no sítio português Servir ao Povo na data de hoje.
Na declaração, os comunistas portugueses delinearam que o assassínio dos combatentes indianos se dá justamente no contexto da “Operação Kagaar”, onde o velho Estado indiano genocida povos indígenas, sequestra e prende operários, camponeses e intelectuais no intento de esmagar a Guerra Popular em curso. “Tudo isto visa manter a condição semi-colonial e semi-feudal da Índia, lançando milhões de massas em uma brutão exploração e humilhação, em benefício dos grandes monopólios estrangeiros e locais, que saqueiam os mais diversos recursos naturais e largam as massas na absoluta miséria“, pontua a declaração.
O P.C.P. (FV) destaca a história de luta encarniçada de Basavaraj, que desde os 20 anos integrou a luta das massas, quando ingressa no PC da Índia (Marxista-Leninista) [Guerra Popular], contribuindo um total de 50 anos à Revolução Indiana. “Foi uma das peças-chave na forja do Congresso de Unidade […], ocorrido em 2004 e que gerou a fundação do glorioso Partido Comunista da Índia (Maoista) dirigente da Guerra Popular indiana. O camarada Basavaraj foi apontado para a membresia do Comité Central, junto com vários outros destacados camaradas“, colocam os revolucionários portugueses.
Por fim, saúdam os comunistas indianos, o PCI (Maoista), o EGPL, as organizações democrático-revolucionárias do povo indiano e seus milhões de massas em luta, pontuando que se somariam à Campanha Internacional de Defesa à Guerra Popular na Índia.
Internacional
Internacionalmente, a Liga Comunista Internacional (LCI) publicou uma declaração nomeada As mais elevadas saudações vermelhas em honra e glória ao Secretário-Geral do Partido Comunista da Índia (Maoista) e aos heróis imortais! a 3 de Junho. O documento foi publicado na íntegra em inglês pela revista Internacional Comunista, e traduzido para o português a curadoria de Servir ao Povo (Brasil) e Servir ao Povo (Portugal).
Na declaração da LCI, esta saúda o PC da Índia (Maoista), o EGPL e a Guerra Popular em curso na Índia, convocando os comunistas, revolucionários e democratas em todo o mundo a apoiá-los com ações de cunho internacionalista em defesa do legado e obra de Basavaraj e dos 26 heróis da Guerra; estas já estão sendo realizadas em alguns países. A declaração já foi traduzida para algumas línguas, como o espanhol, italiano, alemão, norueguês, sueco, entre outras.
A 1 de Junho, a Liga Anti-Imperialista (LAI) também lançou uma declaração acerca do martírio de Basavaraj e dos 26 combatentes do EGPL, apontando para o mesmo sentido, denunciando o carácter genocida da “Operação Kagaar” deslanchada pelo velho Estado indiano.
Para além disso, declarações e ações foram realizadas por diversos Partidos e organizações Comunistas, bem como publicações revolucionárias nas Américas, Ásia e Europa, como o Partido Comunista da Turquia/Marxista-Leninista (TKP/ML), o Partido Comunista das Filipinas (CPPh), o Partido Comunista do Brasil (P.C.B.), além de outros nos seguintes países: Espanha, França, Alemanha, Itália, Grã-Bretanha, Noruega, Finlândia, Suécia, Grécia, Áustria, Países Baixos, México, Estados Unidos, Suíça, Dinamarca, Nepal, Bangladexe, entre outros, de acordo com o portal revolucionário internacional The Red Herald.
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