
Ao dia 14 de Junho, uma patrulha da força repressiva caiu numa armadilha cuidadosamente preparada, com a explosão de dispositivos improvisados (IEDs) perto de um bulldozer que havia sido incendiado de forma estratégica. Esta ação ocorreu na floresta de Sukma, na zona de Konta, distrito do estado de Chatisgar.
O dispositivo explosivo improvisado foi instalado bem próximo ao veículo incendiado. A explosão foi mais potente do que as demais, abrindo uma cratera. O ataque resultou na morte do comandante militar reacionário Akash Kumar Giripunje e ferimentos graves em dois outros elementos das forças repressivas.
Akash Kumar Giripunje, de 42 anos, que havia sido premiado pelo Estado reacionário de Narendra Modi com uma “medalha de bravura” por sua vil atuação nos massacres de operários, camponeses e povos indígenas, foi justamente responsabilizado por suas ações, tendo seu nome jogado ao esquecimento.
A emboscada, longe de ser um ato isolado, é parte de uma série de ações coordenadas que, mesmo em meio a duros golpes do velho Estado, continuam a demonstrar a força combativa dos destacamentos populares, sob a direção do Partido Comunista da Índia (Maoista). A máquina de guerra do velho Estado indiano, munida de helicópteros, drones e exércitos oferecidos pelos variados potentados imperialistas, tenta há décadas esmagar a luta das massas empobrecidas que se organizam nas florestas, vilas e colinas, fazendo largo uso do terrorismo de Estado por meio de operações militares como a “Operação Kagaar” e a “Green Hunt”. No entanto, a realidade tem mostrado que nem a mais pesada repressão apaga o fogo da resistência.
Segundo apurou o monopólio de média local, os guerrilheiros incendiaram o bulldozer não por acaso, mas como isco, atraindo os agentes armados do regime para uma área previamente minada. A precisão da operação expõe a capacidade de planejamento e domínio territorial das forças populares naquela região, onde o velho poder hesita em entrar sem comboios reforçados.
Enquanto os jornais da grande burguesia e do latifúndio gritam por “lei e ordem”, omitem sistematicamente o motivo da revolta: décadas de exploração, desapropriação violenta das terras tribais, destruição ambiental promovida por grandes mineradoras, e a militarização das zonas rurais. Quem resiste a tudo isso é tachado de “terrorista”. Mas cada ação dessas forças insurgentes ecoa a voz dos milhões que não têm acesso a tribunais, universidades ou hospitais, mas que decidiram não ajoelhar-se.
Em vez de se deixarem paralisar pelos golpes recebidos recentemente, os combatentes populares mostraram que aprendem com o sangue derramado. Ao invés do medo, redobram a vigilância. Ao invés da rendição, aprofundam o apoio entre as massas, como demonstram as mais recentes ações dirigidas contra o velho Estado. Essa nova ação é sinal de que, mesmo sob forte ofensiva, há quem siga a máxima: resistir é vencer.
A Guerra Popular Prolongada na Índia, sob direção do PC da Índia (Maoista), segue — no compasso do povo e do terreno, com paciência, mas sem recuo. Os verdadeiros filhos da terra conhecem cada curva do rio, cada trilha da mata, cada passo do invasor. Contra a máquina de morte do velho Estado hindutva, seguem empunhando seus fuzis e respondendo com inteligência, firmeza, convicção inabalável e justa violência revolucionária.