
Este texto é uma tradução não-oficial feita por Nova Aurora a um artigo da organização democrático-revolucionária irlandesa Anti Imperialist Action Ireland.
O Estado Livre da Irlanda, com 26 condados, anunciou recentemente mais legislação para reforçar seus poderes no policiamento da dissidência política.
Uma emenda à chamada “Lei de Justiça Criminal (Ofensas Terroristas)” abrirá maiores possibilidades para perseguir republicanos e anti-imperialistas revolucionários com acusações falsas. Isso se soma aos poderes já draconianos da fascista “Lei de Ofensas Contra o Estado”, que permite tribunais sem júri, a prisão de ativistas sem acusação e violações de outros direitos fundamentais, como o direito ao silêncio. Esta nova legislação chega na mesma semana em que o tribunal especial sem júri foi renovado sem votação na Câmara de Leinster, enquanto o Sinn Féin [N.T.: ‘Nós Mesmos’, partido oportunista na Irlanda] estava convenientemente ausente da sala, permitindo-lhes promover a ficção de que pretendiam se abster.
Esta emenda incluirá disposições que punem qualquer pessoa que “provocar publicamente a prática” de um suposto “crime terrorista” e até mesmo quem “distribuir ou publicar, ou mandar distribuir ou publicar, por qualquer meio (inclusive pela internet)” qualquer mensagem que supostamente “incite” ou “glorifique” qualquer coisa considerada “atividade terrorista”. Não há dúvida de que o verdadeiro propósito desta legislação é reprimir protestos políticos, comemorações republicanas irlandesas e demonstrações de apoio à heróica resistência palestina, numa tentativa de criminalizar qualquer apoio à resistência revolucionária.
Os defensores do Estado Livre esperam dar à An Garda “Síochána” [N.T.: ‘Guarda da Paz’, força repressiva do Estado Live irlandês] e à Seção Especial poderes ainda mais draconianos em sua fútil campanha de assédio contra os republicanos revolucionários. Essa campanha continuará a fracassar. Não há nada de criminoso no republicanismo irlandês, e os republicanos não serão dissuadidos de perseguir nossos objetivos legítimos. Os verdadeiros criminosos são os terroristas imperialistas e seus fantoches que suprimem a República Popular Democrática, declarada em 1916 e ratificada em 1919. O fato de o Estado Livre, que tenta cooptar o Estado, renovar anualmente os poderes de emergência da Lei de Ofensas Contra o Estado – e desejar agravá-los ainda mais – é um sinal claro de seu medo do crescimento do republicanismo revolucionário por meio da Ação Anti Imperialista da Irlanda e de outras organizações.
Não há nada de normal no Estado Livre semicolonial – é um Estado pró-imperialista e colaboracionista. Todos os republicanos, socialistas e anti-imperialistas genuínos deveriam levantar suas vozes contra sua campanha de assédio e contra a legislação draconiana que a permite.
Saor Éire Anois!
An Phoblacht Abú!