
200 mil palestinianos voltam à Cidade de Gaza após cessar-fogo. Foto: Bashar Taleb
Republicamos material encontrado no site da imprensa popular e democrática brasileira A Nova Democracia.
A entidade sionista “israel” horas antes de assinar o acordo de cessar-fogo com o Hamas, realizou mais bombardeios contra o território da Faixa de Gaza e o povo palestiniano. Em tentativa moribunda de tentar à capitulação do Hamas, o nazi-sionista Netanyahu disse que manterá tropas no chão de Gaza até “a entrega das armas do Hamas”. Condição essa veementemente rechaça pela indômita Resistência Nacional Palestiniana.
Horas antes e, logo após, da ratificação do acordo de cessar-fogo em Gaza, a entidade sionista realizou novos ataques contra o território palestiniano, violando o próprio acordo mediado pelo seu amo EUA. Bombardeios atingiram áreas densamente povoadas, como Khan Yunis e Rafah, resultando na morte de mais de cem pessoas, entre elas 31 mulheres e 27 crianças. Além de mais de 264 pessoas feridas deportas, segundo fontes médicas locais.
Médicos do hospital Al-Quds relataram que os ataques ocorreram justamente no momento em que esperavam o início do cessar-fogo. Segundo profissionais de saúde ouvidos por agências locais, “o que seria uma trégua rapidamente se tornou nova onda de bombardeios”.
Enquanto as bombas ainda caíam sobre Gaza, O führer Benjamin Netanyahu declarou que manterá tropas na região “até o desarmamento completo do Hamas”. Especialistas apontam que a exigência de desarmamento serve como instrumento político para Netanyahu sustentar apoio interno e resistir às pressões internacionais. O moribundo nazi-sionista, pressionado por sua base de extrema direita e por disputas internas no governo, tenta justificar a continuidade da ocupação e criar novas condições para postergar o cumprimento do cessar-fogo.
Mesmo com a ratificação do acordo de cessar-fogo, o governo da entidade sionista insiste que a desmilitarização de Gaza e o desarmamento do Hamas são condições indispensáveis para que o acordo avance para fases mais profundas. O ministro sionista Zeev Elkin, afirmou que qualquer cessar-fogo ou acordo duradouro dependerá do controle sobre o aparato armado do Hamas.
Contudo, tudo indica que não haverá deposição das armas. O Hamas já declarou que rejeita qualquer exigência de desarmamento, considerando-a inaceitável e contraproducente, mantendo que as armas da Resistência são “linha vermelha” e que qualquer negociação deverá respeitar consensos nacionais palestinianos.
Fontes da própria Resistência reiteram que a entrega do armamento significaria um passo em direção à capitulação nacional, abrindo caminho para a imposição de um governo tutelado por forças estrangeiras, o que não é, portanto, a tendência principal. Em entrevista recente ao monopólio Reuters, um representante do Hamas afirmou que o movimento está aberto a uma trégua prolongada, mas não aceitará o desarmamento, pois considera o direito à resistência um princípio inegociável.
Apesar das fracassadas insistências de Netanyahu, com a ratificação da primeira fase do cessar-fogo, as forças de ocupação sionistas foram instruídas a iniciar uma retirada parcial das áreas mais densamente povoadas de Gaza, nesta sexta-feira (10/10). Segundo comunicado do monopólio de imprensa Al Jazeera as forças de ocupação recuaram até a chamada “linha amarela”, saindo da Cidade de Gaza e do Corredor de Netzarim, embora mantenham presença em cerca de 53% do território da Faixa de Gaza.
Conforme anunciado pelo porta-voz da Defesa Civil de Gaza, 200 mil palestinianos voltaram para a Cidade de Gaza após o acordo de cessar-fogo. No entanto, a retirada das forças de ocupação total ainda não foi confirmada, e ataques foram registrados nessa fase.
Com o acordo de cessar-fogo, a Resistência Nacional adquiriu o termo de libertação de mais de 2 mil palestinianos encarcerados nas masmorras sionistas. Entre estes 250 condenados por prisão perpétua pelos sionistas e outros 1700 presos desde o “Dilúvio de Al-Aqsa”. Em contrapartida, o Hamas fará devolução dos 20 prisioneiros de guerra vivos e a entregue dos corpos de outros 28, mortos pelos bombardeios de “israel”. Os termos do acordo indicam a realização das trocas dentro de 72 horas após o cessar-fogo entrar em vigor.
Embora o processo de trocas já esteja em andamento, ainda não há confirmação de que todas as partes tenham cumprido suas obrigações ou que o número total previsto de trocas seja atingido nos prazos originalmente estabelecidos.
Quanto ao governo futuro da Faixa de Gaza, algumas negociações e rumores indicam que o Hamas poderia entregar a administração do território a uma entidade que englobasse todas as forças e partidos palestinianos.
Ao mesmo tempo, há resistência por parte de países do Golfo, como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, que condicionam apoio à reconstrução de Gaza a garantias de que o Hamas não participará do governo ou manterá força militar. Negociadores egípcios e catarianos tampouco descartam que o Hamas permaneça em algum papel político, particularmente se fizer parte de um arranjo mais amplo, como mesmo proposto pelo Hamas.