
Na sexta-feira, dia 6 de junho, iniciaram-se protestos nos Estados Unidos da América (EUA) face às recentes escaladas de tensão promovidas pelo presidente ultrarreacionário Donald Trump, que enviou o Serviço de Imigração e Controlo das Fronteiras dos Estados Unidos (ICE, sigla em inglês) para realizar deportações em massa na cidade, resultando em 44 civis presos. Apesar da natureza pacífica dos protestos, a Guarda Nacional ianque enviou dezenas de agentes federais fortemente armados com rifles, o que só aumentou ainda mais a resistência dos manifestantes.
No sábado seguinte, em resposta à escalada de tensão na cidade, Trump ordenou o envio de dois mil agentes da Guarda Nacional para combater a resistência dos manifestantes. No domingo, mais 300 agentes federais foram enviados. Conforme a repressão do moribundo Estado ianque aumenta, aumenta também a resistência do povo: em resposta às balas de borracha disparadas indiscriminadamente, bem como o uso de gás lacrimogénio e granadas de atordoamento, os manifestantes lançam pedras, garrafas e fogos de artifício contra os agentes da repressão. Já na segunda-feira, o governador da Califórnia anunciou que processará a presidência, usando como motivo a desnecessária escalada da situação do presidente ao enviar as tropas da guarda nacional. O governador argumenta que a resposta aos protestos “Foi feita de uma maneira ilegítima e por um período de tempo que é uma séria violação da soberania”.
Trump não dá sinais de recuar na sua decisão, defendendo em suas redes sociais que tomou uma “excelente decisão” ao enviar a Guarda Nacional para reprimir as massas, saudando o “bom trabalho” da Guarda Nacional, e que os protestos da chamada “esquerda radical” não serão tolerados. Anunciou ainda em uma entrevista que “se eles cospem, nós batemos”, insinuando que não irá diminuir a violência contra o povo tão cedo, e que pretende fazer com que os acontecimentos de Los Angeles sirvam de exemplo para todo o território dos EUA. Até o momento da escrita desta matéria, 56 pessoas foram detidas pelas forças policiais. Em São Francisco, começaram a surgir manifestações de solidariedade às massas populares de Los Angeles, que foram prontamente reprimidas pelo Estado ultrarreacionário.
Desde o início de seu mandato, Donald Trump anunciou que iria focar principalmente na questão anti-imigração, imediatamente ordenando a deportação de todos aqueles que estão em situação irregular nos EUA, expulsando e prendendo milhares de pessoas até o momento. Na última sexta-feira, 30 de maio, o ICE comandou prisões em centros comerciais e casas, inclusive perto de áreas escolares. Isto foi a faísca que fez explodir o barril de pólvora em Los Angeles, unindo as massas oprimidas em solidariedade aos imigrantes perseguidos pelo pútrido Estado ianque.