
Esta matéria foi traduzida do jornal revolucionário norte-americano The Worker (O Operário).
No dia 6 de junho, a Frente Revolucionária Estudantil da Índia divulgou a prisão de 17 dirigentes maoístas na Índia às mãos da Polícia Estadual de Chhattisgarh. Dos 17, vários já foram dados como mortos pelas forças do velho Estado, que alegam falsos «encontros» — execuções extrajudiciais justificadas por uma situação fabricada — com guerrilheiros. O Comité dos Direitos Civis do Estado de Telangana exigiu que os dirigentes presos fossem apresentados vivos e ilesos para julgamento, já que conhece bem a forma desumana que os revolucionários capturados na Índia são tratados pelo velho Estado, não negando a existência de um alto risco de terminarem martirizados em um falso «encontro» como muitos outros.
Esta prisão ocorreu um dia após o membro do Comité Central do Partido Comunista da Índia (Maoísta) Sudhakar e o membro do Comité Estadual de Telangana, Bhaskar, terem sido martirizados sob alegações de um encontro.
Esses atos genocidas do antigo Estado indiano ocorrem no contexto da “Operação Kagaar”, que, desde 2017, tem sido realizada para promover o genocídio e a contrarrevolução contra a Guerra Popular em curso, dirigida de forma ininterrupta pelo Partido Comunista da Índia (Maoísta), tendo o seu início em 1967. Os falsos «confrontos», mencionados acima, fazem parte do manual militar diário da «Operação Kagaar», em que as forças do velho Estado indiano capturam maoístas, verdadeiros democratas e camponeses, e os executam, encenando um confronto armado para justificar os seus genocídios doentios a populações que pregam uma luta justa.
Em 21 de maio, o PCI (Maoísta) sofreu uma grande perda quando o secretário-geral Basavaraj, juntamente com outros 26 membros do partido, foi martirizado pelas forças do velho Estado no massacre da floresta de Gundekot, onde, apesar de haver um cessar-fogo unilateral na região, as antigas forças do Estado, numa campanha vil de cerco e aniquilação, iniciaram o combate e capturaram o camarada Basavaraj vivo, executando-o posteriormente, de acordo com o PCI (Maoísta). O exemplo do camarada Basavaraj inspirou muitos outros a retomar a luta onde ele parou e continuar de cabeça erguida, levando adiante a bandeira da Guerra Popular.
A Liga Comunista Internacional, em um “apelo especial e urgente”, convocou todas as organizações revolucionárias e progressistas a realizar uma campanha em memória do camarada Basavaraj, em defesa do PCI (Maoísta) e da Guerra Popular que ele dirige, e contra a “Operação Kagaar” até o final da Semana Memorial dos Mártires da Revolução na Índia, a 3 de agosto.