
Foto: Reprodução/AbrilAbril
Dia 19 de Agosto de 2025 (terça), o jornal AbrilAbril avançou com uma matéria que dava a conhecer a presença de uma propagandista do Estado sionista de Israel, Helena Ferro Gouveia, e Pavlo Sadokha, antigo assessor da extrema-direita fascista ucraniana (o partido “Svoboda”), nas listas da coligação dos partidos reacionárias PSD/CDS/IL, respetivamente em 4⁰ e 67⁰ lugar, encabeçados por Carlos Moedas para a Câmara de Lisboa.
Esta revelação, impactando o cenário nacional, acabou por alcançar um volume de leitores considerável, com particular engajamento nas plataformas do grupo monopolista ianque Meta: Facebook e Instagram. Entretanto, não demorou até os leitores verem as suas partilhas bloqueadas, seguida do seguinte alerta: «É possível que a publicação esteja a usar ligações ou conteúdos enganadores para iludir as pessoas a visitar ou a permanecer num site», mesmo que todas as informações presentes na notícia sejam desponibilizadas pelo Tribunal de Lisboa, sendo consequentemente públicas.
O que aconteceu neste episódio não é novo. Fazem anos que a Meta, parte do sistema imperialista em geral e do ianque em particular, tenta travar uma guerra de censura contra conteúdos que vão contra os seus parceiros reacionários. Desde 2023, segundo dados vazados pelo site Drop Site News, a Meta tem aumento a moderação contra publicações que divulguem a Resistência Palestina — atendendo a 94% das solicitações de remoção emitidas por Israel desde 7 de outubro de 2023— , e mais recentemente foi apanhada a publicar anúncios com o objetivo de angariar fundos para as Forças de Defesa Israelitas, notícia dada pelo grupo de defesa global Ekō. Mesmo com estas táticas, a opinião do público sobre a operação bárbara que o Estado nazi-sionista de Israel leva a cabo tem caído drasticamente, sendo isso mérito de todos os órgãos democráticos e revolucionários que têm denunciado ativamente os crimes cometidos pelo genocida Benjamin Netanyahu.
Essa incapacidade de impedir a justa vontade das massas em apoiar a Resistência Palestina e denunciar o nazi-sionismo leva a Meta a aderir a medidas mais draconianas, através da censura de publicações e o apagar de contas. Tudo para perpetuar nas suas plataformas aquele que tem sido o discurso padrão da extrema-direita.
Entretanto, a colaboração da big-tech Meta com o nazi-sionismo de Israel não é o único motivo para esta censura, já que existe uma ligação entre o atual presidente da Câmara de Lisboa, o já mencionado reacionário Carlos Moedas, e a empresa, relação pautada no evento que aconteceu todos os anos em Lisboa, a Web Summit, que tem como um dos seus parceiros oficiais a empresa responsável pelo Facebook e Instagram, deixando escancarada toda a sátira burguesa, bem como a relação de lacaio do velho Estado português frente ao imperialismo, por detrás deste episódio de censura e cerceamento de direitos democráticos do povo.