
Em 28 de junho de 2025, o Comando Regional Operacional da Ilha de Negros, organismo do Novo Exército Popular (NPA) dirigido pelo Partido Comunista das Filipinas (CPPh), realizou 21 ofensivas bem-sucedidas contra o velho Estado filipino, demonstrando ritmo ofensivo intensificado, presença militar renovada e coordenação eficaz entre as unidades insurgentes.
Os combatentes revolucionários declararam que a guerra popular nas Filipinas segue uma “tendência irreversível de recuperação e avanço”. Enfatiza ainda que, mesmo diante de adversidades e ofensivas do velho Estado, a insurreição popular cresce, retoma e ganha fôlego — com as cinco frentes guerrilheiras em atividade e reabilitadas.
O comunicado oficial “Irreversible Trend Towards Full Recovery and Advance” aponta que o NPA, ao mesmo tempo em que aperta o cerco aos destacamentos inimigos, reforça seu apoio popular. Camponeses das áreas de influência vêm sendo mobilizados para ações de base, justiça revolucionária e solidariedade comunal, servindo à construção do Novo Poder operário e camponês nas Filipinas.
Os guerrilheiros teriam também exercido punições contra criminosos e agentes contrarrevolucionários, buscando legitimar sua presença e consolidar o Novo Poder nas zonas rurais. Essas ações, como coloca o Comando, coadunam táticas de mobilidade estratégica, dispersão e concentração rápida — modus operandi clássico da tática militar proletária, fundamentado na flexibilidade operacional.
A Terceira Campanha de Retificação do Partido Comunista das Filipinas
Todo esse processo, segundo o próprio NPA, está sustentado pela Terceira Campanha de Retificação, lançada em dezembro de 2023 pelo Partido Comunista das Filipinas (CPPh). A Campanha visa corrigir erros ideológicos, políticos e organizacionais que enfraqueceram o Partido nas últimas décadas, aplicando a regra de que a linha política deve comandar a linha militar, e jamais o contrário. Entre suas metas estão fortalecer a disciplina, aprofundar o estudo do marxismo-leninismo-maoismo, reforçar os laços com as massas e eliminar tendências oportunistas e burocráticas que minaram a capacidade de ofensiva do NPA anteriormente.
Em campo, a retificação produziu efeitos concretos: conferências regionais permitiram identificar falhas táticas, ajustar modos de ação e reavivar a moral de combate — rompendo com o conservadorismo militar que havia estagnado a luta. A mobilização intensiva das camadas camponesas, a reorganização de estruturas de comando e a intensificação do estudo teórico-prático foram destacados como fatores decisivos para a nova vitalidade das frentes guerrilheiras. Os combatentes do NPA, então, retomaram a iniciativa estratégica, ampliando o terreno de operação, frustrando ofensivas do velho Estado filipino e mantendo viva a guerra popular em curso.
Conclui-se que, segundo os próprios relatos maoistas do NPA, a guerra popular nas Filipinas avança numa guinada otimista, avermelhando sua linha e, por conseguinte, toda a pátria. Vitórias táticas, consolidação da base popular e disciplina reforçada indicam uma recuperação que, nas palavras dos comunistas, seria “irreversível”. Essa nova fase, no entanto, só encontra sentido dentro da Terceira Campanha de Retificação — um autoajuste profundo que visou não apenas o realinhamento ideológico, mas também a reconquista da capacidade ofensiva e da confiança popular, pilares para a continuidade da revolução.