
Imagem em destaque: veículos incendiados em Hazaribagh, Jarcanda. Foto: Organizer.
Nas últimas semanas, muitas acções deixaram claro que as Guerras Populares na Índia e nas Filipinas estão bem presentes e a desferir golpes nos velhos Estados. Partilhamos aqui uma pequena compilação de algumas das acções relatadas por diferentes medias.
Índia
Entre 30 e 40 combatentes maoistas levaram a cabo uma ação na aldeia de Lembodih, em Jarcanda, na noite de quarta-feira, dia 20 de agosto. Pegaram fogo a um trator e a uma carrinha. As forças repressivas acorreram ao local e iniciaram uma operação de busca sem resultados até à data.
Entre 23 e 24 de agosto, os guerrilheiros maoístas levaram a cabo outra ação contra uma empresa mineira privada na zona de Charhi, em Hazaribagh, também em Jarcanda. De acordo com relatos dos meios de comunicação social, cerca de 6 veículos de uma empresa de subcontratação associada a um projeto da Central Coalfield Limited (CCL) na zona foram visados e incendiados.
As medias burguesas e as forças repressivas afirmaram, a propósito de Jarcanda, que os maoístas estão “confinados” a pequenas áreas e que o maoismo será “varrido” da Índia até março do próximo ano. No entanto, este tipo de acções dos guerrilheiros maoístas não é visto desde 2023 nesta região. Por conseguinte, longe de terem sido eliminados, os maoistas deram um salto em Jarcanda.
Filipinas
As unidades do Novo Exército Popular (NPA) entraram em combate contra as Forças Armadas das Filipinas (AFP) em várias zonas do país. Os combatentes do NPA eliminaram três soldados e feriram outros três em Mindoro. As AFP cometeram numerosos crimes na região, como por exemplo o assassinato de um camponês civil em 1 de agosto e a detenção, tortura e assassinato de um combatente do NPA em 7 de agosto.
Unidades do NPA efectuaram um ataque contra um acampamento das AFP em Quezon, deixando claro que a declaração do líder do velho Estado filipino, Ferdinand Marcos Jr., de que “não resta nenhum grupo de guerrilha” era completamente falsa.
Em Aurora, unidades do NPA entraram em confronto com as forças das AFP, ferindo um soldado do 91º Batalhão de Infantaria (B.I.). Os combatentes do NPA retiraram-se sem causar vítimas. A Central Web da Revolução Filipina informa que “o 91º B.I. tem conduzido operações militares concentradas e sustentadas durante três meses em Dingalan e nas cidades vizinhas. O batalhão gastou enormes recursos e destacou centenas de soldados numa tentativa desesperada de perseguir a unidade do exército popular”. Apesar destes recursos imensos, o velho Estado filipino enfrentou mais uma derrota e uma operação falhada contra o NPA.